terça-feira, 25 de março de 2008

27 de março - Dia Mundial de Teatro

Monta-se um palco de vozes,
de gestos e alegorias
onde actuam actores e mimos
com as suas fantasias
e onde o velho Gil Vicente
faz questão de estar presente
representando os seus autos
ali mesmo à nossa frente
que o teatro é a magia
da palavra transformada
em sonho e em poesia
com a varinha encantada
de uma tragédia antiga
em que Romeu e Julieta
entoam uma cantiga
tão suave e tão secreta
que mais parece um madrigal
onde se canta o amor
em toada teatral
nesse palco iluminado
de uma história intemporal.
José Jorge Letria,
O Livro dos Dias

segunda-feira, 24 de março de 2008

Três sugestões de Teatro


Música no coração,
produção de Filipe Lá Féria no Teatro Rivoli (Porto)
.

Música no Coração, que teve a sua estreia no dia 9 de Dezembro de 2007, atingiu já a marca dos 57 mil espectadores, reflexo de casa cheia desde a estreia. Música No Coração decorre em 1938, nas vésperas da Segunda Guerra Mundial, em Salzburgo, na Áustria. Maria Rainer, uma noviça transbordando de vida e rebeldia, da Abadia de Nonnberg, é enviada, pela Madre Superiora, para a casa do Capitão Georg von Trapp, como preceptora dos seus sete filhos. O Capitão von Trapp, que tinha servido na marinha austríaca, viúvo desde há alguns anos, educa os seus filhos com disciplina militar. Maria é a décima quarta preceptora em casa dos von Trapp, mas, ao contrário das suas antecessoras, está determinada a ficar. À sua maneira e através da música, Maria conquista rapidamente os corações de Friedrich, Louisa, Kurt, Brigita, Marta e Gretl. Até Liesl, a filha mais velha, tem de admitir que gosta de Maria, quando numa noite, depois de um encontro secreto com o seu grande amor Rolf, se apercebe da cumplicidade da sua nova preceptora… À semelhança de anos anteriores, o Teatro Rivoli será um dos palcos do Fantasporto 2008. Por esta razão, "Musica no Coração" e "O Principezinho" farão um interregno na sua apresentação na cidade invicta.



O Principezinho,
espectáculo de Filipe La Féria, no Teatro Rivoli (Porto)


Antoine de Saint-Exupéry publicou pela primeira vez «O Principezinho» em 1943, quando recuperava de ferimentos de guerra em Nova Iorque, um ano antes do seu avião Lockheed P-38 ter sido dado como desaparecido sobre o Mar Mediterrâneo, durante uma missão de reconhecimento. Mais de meio século depois, a sua fábula sobre o amor e a solidão não perdeu nenhuma da sua força, muito pelo contrário: este livro que se transformou numa das obras mais amadas e admiradas do nosso tempo, é na verdade de alcance intemporal, podendo ser inspirador para leitores de todas as idades e de todas as culturas. O narrador da obra é um piloto com um avião avariado no deserto do Sahara, que, tenta desesperadamente, reparar os danos causados no seu aparelho. Um belo dia os seus esforços são interrompidos devido à aparição de um pequeno príncipe, que lhe pede que desenhe uma ovelha. Perante um domínio tão misterioso, o piloto não se atreveu a desobedecer e, por muito absurdo que pareça - a mais de mil milhas das próximas regiões habitadas e correndo perigo de vida - pegou num pedaço de papel e numa caneta e fez o que o principezinho tinha pedido. E assim tem início um diálogo que expande a imaginação do narrador para todo o género de infantis e surpreendentes direcções. «O Principezinho» conta a sua viagem de planeta em planeta, cada um sendo um pequeno mundo povoado com um único adulto. Esta maravilhosa sequência criativa evoca não apenas os grandes contos de fadas de todos os tempos, como também o extravagante «Cidades Invisíveis» de Ítalo Calvino. Uma história terna que apresenta uma exposição sentida sobre a tristeza e a solidão, dotada de uma filosofia ansiosa e poética, que revela algumas reflexões sobre o que de facto são os valores da vida.



A Estrela,
espectáculo de Filipe La Féria, em exibição no Teatro Politeama (Lisboa)

Em "A Estrela", narra-se a história simples e cativante de Pedro, uma criança de 7 anos que um dia, à meia-noite, sobe ao alto de uma igreja, existente no cimo da Serra da sua aldeia, para roubar uma estrela ímpar. Não era uma estrela qualquer, era simplesmente a estrela mais bonita e brilhante do céu. Porém, o roubo é descoberto por um velho muito velho, e toda a aldeia se revolta contra aquele acto que assim defraudara o património comum. Quando se descobre a verdade, a mãe de Pedro exige que ele reponha a estrela roubada no seu lugar originário. Porém, ao restituir a estrela, Pedro ficará com a sua Estrela para toda Eternidade.

quarta-feira, 19 de março de 2008

O Rouxinol e a Rosa


Dias 10 a 14 de Março
O Rouxinol e a Rosa

Dramatização pelos alunos do 4º ano, em colaboração com o ATL.

O Rouxinol e a Rosa é a história de um jovem apaixonado por uma moça que promete dançar com ele se ela ganhar rosas vermelhas. No jardim, não há rosas vermelhas e o rouxinol, em nome do amor, morre cantando preso no espinho de uma roseira para que ela possa produzir uma rosa vermelha

Imagens

quinta-feira, 13 de março de 2008

domingo, 2 de março de 2008

Dia da Poesia

21 de Março


Este dia tem a forma de verso
E ameno tom de cantilena,
Deixando no calendário
O perfume da rosa e do jasmim,
e às vezes da açucena.

Quando este dia começa,
acordam com ele as palavras
que não deixam consumir
nas velozes frases banais
que enchem os anúncios
e as páginas dos jornais.

É um dia em que se escreve
com ou sem rima,
tendo um título lá em cima
que lembra sonho e magia
e que afinal é sempre
sinónimo de poesia.

Este dia, quando nasce,
põe estrelas nos olhos dos meninos
que à luz dos versos
parecem ainda mais pequeninos,
porque a poesia é a aventura
que tem asas brancas de fada
e o gosto tão doce de ternura.

Este dia, quando nasce,
acorda dentro de nós
o diamante mais brilhante
que ilumina a nossa voz.

José Jorge Letria, O Livro dos Dias





O Clube dos Poetas Mortos, de Peter Weir (1989 - 124m)


Quando o carismático John Keating (o vencedor do Óscar, Robin Williams) é admitido como novo professor de Inglês num colégio particular para rapazes, os seus métodos de ensino pouco convencionais irão revolucinar as tradicionais práticas curriculares.
Com o seu talento e sabedoria, Keating inspira os seus alunos a perseguir as suas paixões individuais e tornar as suas vidas extraordinárias. CLUBE DOS POETAS MORTOS, um dos mais brilahntes sucessos de bilheteira da história recente do cinema, arrebatou audiências e crítica em todo o mundo com as suas brilhantes actuações, cativante história e soberba realização!



O Carteiro de Pablo Neruda , de Michael Radford (1994)

O Carteiro de Pablo Neruda é uma daquelas pérolas do cinema que nos fazem sorrir e que nos emocionam. Num tom lírico este filme mostra-nos a amizade que se criou entre o poeta chileno e o seu carteiro e o enamoramento deste ultimo pela bela Beatrice Russo.

Por razões políticas o poeta Pablo Neruda é obrigado a procurar exílio numa ilha em Itália. Neruda é amado pelo povo pelas suas crenças comunistas e pelas mulheres pelos seus poemas de amor. Mario é filho de um pescador e está desempregado. Ele tem muitas dificuldades a ler e escrever, mas mesmo assim consegue ser contratado como carteiro, tendo como privilégio ser o encarregado da correspondência do poeta.

Este é o retracto delicioso e inesquecível da busca de amor, felicidade de um homem. Recheado de momentos hilariantes, proporcionados principalmente por Massimo Troisi, que tem um papel encantador e muito rico. O filme é ainda uma ode à poesia, às metáforas, ao amor.

Sugestões de Leitura


Poemas pequeninos para meninos e meninas (Luís Infante e Carla Pott)


Plano Nacional de Leitura

Livro recomendado para o 2º ano de escolaridade destinado a leitura autónoma e/ou leitura com apoio do professor ou dos pais.

A poesia que se escreve para os mais novos pode fazer rir, sonhar e pensar e deve ter a capacidade de criar interesse pela linguagem enquanto instrumento de criação e de descoberta. É essa a aposta deste livro de versos de Luís Infante, com ilustrações de Carla Pott. A palavra e a imagem combinam-se para criarem novos sentidos. Poemas Pequeninos para Meninas e Meninos é um livro divertido onde o jogo das palavras, através do exercício da rima, abre as portas para o gosto duradouro de ler poesia desde a infância. As imagens, acompanhando o ritmo dos versos, dão-lhes asas para voarem mais alto, até ao sítio onde moram os sonhos que valem verdadeiramente a pena. Num tempo em que, na escola e fora dela, se valoriza cada vez mais o papel da poesia na educação da sensibilidade dos jovens leitores, estes poemas podem ter lugar cativo nas aulas, nas conversas de pais com filhos e de avós com netos, demonstrando que um texto poético tem magia bastante para dar alegria e, ao mesmo tempo, fazer pensar.




Era uma vez… Ciência e Poesia no reino da fantasia (Regina Gouveia)




Plano Nacional de Leitura


Livro recomendado para o 2º ano de escolaridade destinados a leitura orientada na sala de aula.

“Era uma vez”

Assim começa a viagem
em cada poema.
Cinco poemas para
manter desperto o respeito
pela natureza e, sob cada
um, uma pérola de ciência.




Primeiro Livro de Poesia (Sophia de Mello Breyner)



Plano Nacional de Leitura

Livro recomendado no programa de português do 6º ano de escolaridade, destinado a leitura orientada na sala de aula - Grau de Dificuldade II

«Constituído por obras de poetas de todos os países de língua oficial portuguesa, O Primeiro Livro de Poesia é um livro de iniciação, destinado à infância e à adolescência e onde procurei reunir poemas que, sendo verdadeira poesia, sejam também acessíveis ...(do posfácio de Sophia de Mello Breyner Andresen).

1994 - Lista de Honra do IBBY ilustração

Semana da Leitura

Calendário de Actividades

Dia 4 de Março – No Palco…, animação com Joana Macias


Dia 6 de Março – Encontro com a jovem escritora Ana Marta Brito


Ana Marta Brito nasceu a 30 de Novembro de 1996, no Porto. Com três dias apenas, mudou-se para Rio Tinto, onde continua a residir e a estudar, na EB 2,3 local. Português e EVT são as suas disciplinas preferidas, pois adora escrever e desenhar. Publicou um poema na colectânea Poemas Sol Tos 2007, mas é na prosa que está mais à vontade, onde obteve, a nível escolar, algumas distinções. Também ganhou um prémio no concurso de desenho Os Animais São Nossos Amigos, em 2006, vendo o seu trabalho ser editado em postal. Tem outras paixões

ainda: ser actriz e cantar. Por isso, tirou cursinho de modelo e manequim na agência de moda HN e fez alguns desfiles, tendo participado no Moda Criança Lisboa 06. Fez ballet, dança moderna e patinagem artística.

Uma Menina Especial é a história de Matilde e a descoberta de que é diferente das meninas da sua

idade. Como todas as crianças, reage mal, de início, mas com a ajuda de várias amigas e das avós, Matilde rapidamente se adapta e utiliza os seus poderes para ajudar os outros, quando se vê lançada numa aventura fantástica, por

mundos de sonhos, entre Cidades de Espelhos, Fadas, Bruxas e Monstros.




Dias 10 a 14 de Março – O Rouxinol e a Rosa

O Rouxinol e a Rosa é a história de um jovem apaixonado por uma moça que promete dançar com ele se ela ganhar rosas vermelhas. No jardim, não há rosas vermelhas e o rouxinol, em nome do amor, morre cantando preso no espinho de uma roseira para que ela possa produzir uma rosa vermelha





Criado numa família protestante, estudou na Portora Royal School de Enniskillem e no Trinity College de Dublin, onde sobressaiu como latinista e helenista. Ganhou depois uma bolsa de estudos para o Magdalene College de Oxford.

Wilde saiu de Oxford em 1878. Um pouco antes havia ganhado o prêmio Newdigate com o poema "Ravena".

Passou a morar em Londres e começou a ter uma vida social bastante agitada, sendo logo caracterizado por suas atitudes extravagantes.

Foi convidado para ir aos Estados Unidos a fim de dar uma série de palestras sobre o movimento estético por ele fundado, o esteticismo, que defendia, a partir de fundamentos históricos, o belo como antídoto para os horrores da sociedade industrial.

Em 1883, vai para Paris e entra para o mundo literário local, o que o leva a abandonar seu movimento estético. Volta para a Inglaterra e casa-se com Constance Lloyd, filha de um rico advogado de Dublin, indo morar em Chelsea, um bairro de artistas londrinos. Com Constance teve dois filhos, Cyril, em 1885 e Vyvyan, em 1886. O melhor período intelectual de Oscar Wilde é o que vai de 1887 a 1895