segunda-feira, 24 de março de 2008

Três sugestões de Teatro


Música no coração,
produção de Filipe Lá Féria no Teatro Rivoli (Porto)
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Música no Coração, que teve a sua estreia no dia 9 de Dezembro de 2007, atingiu já a marca dos 57 mil espectadores, reflexo de casa cheia desde a estreia. Música No Coração decorre em 1938, nas vésperas da Segunda Guerra Mundial, em Salzburgo, na Áustria. Maria Rainer, uma noviça transbordando de vida e rebeldia, da Abadia de Nonnberg, é enviada, pela Madre Superiora, para a casa do Capitão Georg von Trapp, como preceptora dos seus sete filhos. O Capitão von Trapp, que tinha servido na marinha austríaca, viúvo desde há alguns anos, educa os seus filhos com disciplina militar. Maria é a décima quarta preceptora em casa dos von Trapp, mas, ao contrário das suas antecessoras, está determinada a ficar. À sua maneira e através da música, Maria conquista rapidamente os corações de Friedrich, Louisa, Kurt, Brigita, Marta e Gretl. Até Liesl, a filha mais velha, tem de admitir que gosta de Maria, quando numa noite, depois de um encontro secreto com o seu grande amor Rolf, se apercebe da cumplicidade da sua nova preceptora… À semelhança de anos anteriores, o Teatro Rivoli será um dos palcos do Fantasporto 2008. Por esta razão, "Musica no Coração" e "O Principezinho" farão um interregno na sua apresentação na cidade invicta.



O Principezinho,
espectáculo de Filipe La Féria, no Teatro Rivoli (Porto)


Antoine de Saint-Exupéry publicou pela primeira vez «O Principezinho» em 1943, quando recuperava de ferimentos de guerra em Nova Iorque, um ano antes do seu avião Lockheed P-38 ter sido dado como desaparecido sobre o Mar Mediterrâneo, durante uma missão de reconhecimento. Mais de meio século depois, a sua fábula sobre o amor e a solidão não perdeu nenhuma da sua força, muito pelo contrário: este livro que se transformou numa das obras mais amadas e admiradas do nosso tempo, é na verdade de alcance intemporal, podendo ser inspirador para leitores de todas as idades e de todas as culturas. O narrador da obra é um piloto com um avião avariado no deserto do Sahara, que, tenta desesperadamente, reparar os danos causados no seu aparelho. Um belo dia os seus esforços são interrompidos devido à aparição de um pequeno príncipe, que lhe pede que desenhe uma ovelha. Perante um domínio tão misterioso, o piloto não se atreveu a desobedecer e, por muito absurdo que pareça - a mais de mil milhas das próximas regiões habitadas e correndo perigo de vida - pegou num pedaço de papel e numa caneta e fez o que o principezinho tinha pedido. E assim tem início um diálogo que expande a imaginação do narrador para todo o género de infantis e surpreendentes direcções. «O Principezinho» conta a sua viagem de planeta em planeta, cada um sendo um pequeno mundo povoado com um único adulto. Esta maravilhosa sequência criativa evoca não apenas os grandes contos de fadas de todos os tempos, como também o extravagante «Cidades Invisíveis» de Ítalo Calvino. Uma história terna que apresenta uma exposição sentida sobre a tristeza e a solidão, dotada de uma filosofia ansiosa e poética, que revela algumas reflexões sobre o que de facto são os valores da vida.



A Estrela,
espectáculo de Filipe La Féria, em exibição no Teatro Politeama (Lisboa)

Em "A Estrela", narra-se a história simples e cativante de Pedro, uma criança de 7 anos que um dia, à meia-noite, sobe ao alto de uma igreja, existente no cimo da Serra da sua aldeia, para roubar uma estrela ímpar. Não era uma estrela qualquer, era simplesmente a estrela mais bonita e brilhante do céu. Porém, o roubo é descoberto por um velho muito velho, e toda a aldeia se revolta contra aquele acto que assim defraudara o património comum. Quando se descobre a verdade, a mãe de Pedro exige que ele reponha a estrela roubada no seu lugar originário. Porém, ao restituir a estrela, Pedro ficará com a sua Estrela para toda Eternidade.

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